sábado, 14 de abril de 2012

Semi-breu, semi-luz

Não sei se todas as pessoas no mundo naturalmente já experimentaram um terço do que sinto neste momento. De madrugada, sem sono, sozinha... mas sem sentir-se só.
Aproveitando minha própria companhia. Agradecendo a minha alma por permanecer viva dentro de mim.
A cada inspiração trago gratidão por tudo que o universo pôs em minhas mãos.
Não julgo ter sabedoria para administrar tamanha responsabilidade - fazer valer a vida. Cada momento, cada semana, cada ano de minha existência. O que fui até agora, o que sou e o que pretendo ser. A existência que antes me doía, agora me envaidece. Me orgulho de ser quem sou, de ainda estar incompleta, de ter desejos e ambições.
A vida é como um quebra-cabeças e muitas vezes não acreditamos que aquela pecinha possa pertencer ao desenho que vemos na caixa. Não há manual de instruções e uma hora você decide traçar sua própria estratégia. Nem que para isso você precise escrever num pedaço qualquer de papel, em plena madrugada, iluminada apenas pela luz do poste que cruza a janela e pelo brilho de meus olhos, famintos pelo amanhecer.

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